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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Insensibilidade perante povo


   



    Hoje, um político é raro contactar com as pessoas, contactar com aqueles que lhe atribuíram legitimidade e lhe cederam o cargo, que apenas a uma nação pertence. É raro ver um político aproximar-se dos cidadãos, a não ser em momentos de eleições, o que é contraditório à essência da política pura.
   É impressionante verificar o afastamento que existe das pessoas em relação aos políticos, mas de quem é a culpa ? Acho que pertence ao povo e aos políticos, porque quem elege e vota (porque só esses têm legitimidade), muitas vezes, não procura saber quem está do lado de lá, o que defende, de onde veio, quais as suas ideias e propostas, quais as razões de se candidatar, o que pensa fazer pelo povo. São apenas meras perguntas, decisivas para uma boa tomada de decisão.
   Acresce que, ainda existe uma grande influência na tomada de decisão, e isso interessa e sempre interessou aqueles que se querem aproveitar da política (que são muitos), sendo que, é de conhecimento público que alguns oferecem aos seus cidadãos brindes no momento das eleições, que acabam por ter um efeito influenciador na tomada de decisão. Agora menos, mas nas zonas mais rurais, e note-se que ainda acontece, muitas pessoas são instruídas a votar no candidato A ou B, e obdecem, sem duvidar.
    Actualmente, observamos um tempo indefinido, em que vemos um povo isolado, a lutar em condições desiguais, e a perder a sua liberdade a cada dia que passa. Um povo que tem de pagar estradas onde nunca andou, bancos onde nunca entrou, fundações que jamais pensou existirem, e, quando pensa nisso, percebe a desigualdade de armas, que sempre existiu, mas agora é a "nu", e sem vergonhas.
    Como é mau de ver, acresce a isto uma enorme insensibilidade no contacto, que assume uma falta de respeito, que jamais deveria existir, porque toda a pessoa é digna, e, na política, tudo o que é dito deve ser justificado, principalmente junto daqueles que possuem os cargos, que como dizia Ronald Reagen, é o povo.      
     Em suma, exige-se mais respeito pelo povo.