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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Jihadistas: o poder oculto

  









     Até onde vai este grupo insurgente?
   Impressiona a sua forma de actuação, e traz recordações de tempos passados onde as pessoas eram exterminadas com objectivos políticos, sem dó nem piedade. Este grupo insurgente, os "Jihadistas" têm como finalidade (segundo o que proclamam) criar um Estado Islâmico que contemple as zonas sunitas da Síria e do Iraque, lutando até caírem contra o governo xiita do Iraque, liderado por Al-Maliki. Se até à pouco tempo eram apenas uma "minoria" terrorista, agora começa a representar um caso sério tanto no Iraque como na Síria, onde têm conseguido vitórias, e, onde demonstram o seu poder da pior forma possível: decapitando pessoas. E se alguém pensa que não crescem, veja-se na Síria, onde cada vez mais estão a conseguir a sua auto-sustentação, onde já vendem energia eléctrica e exportam petróleo, conseguindo com esse dinheiro financiarem-se militarmente.
   Mas, nada surge por acaso. O líder deste grupo Jihadista foi líder da Al-Quaeda no Iraque em 2010, conhecido por "Abu Dua", e teve como objectivo conseguir criar uma organização ainda mais violenta que a Al-Quaeda. Não é por acaso que na Síria já tentaram uma espécie de união com "Frente Al-Nusra", a filiada da Al-Quaeda no país. Ainda hoje o mundo conheceu o vídeo em que executaram 260 soldados sírios, sendo mais uma forma de demonstração do seu poder, e, de ganhar território a Bashar Al-Assad. Não esquecendo os 1700 iraquianos executados já em 15 de Junho deste ano bem como o jornalista americano James Foley também recentemente executado. No Iraque, já controlam a segunda maior cidade, Mossul, e, a violência essencialmente sobre os "cristãos" é revoltante, executando cada um que descobrem, e quem recusa converter-se ao Islão é executado.
   Perante isto, o que tem feito a comunidade internacional? O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai aprovando resoluções que vão desde das que penalizam militantes islâmicos no Iraque e na Síria até às que exigem a dissolução do Estado Islâmico e seu desarmamento, mas o problema agrava-se e avoluma-se, e os Jihadistas ganham poder a cada dia que passa. Os Estados Unidos estão "perdidos" no meio de uma encruzilhada política, e as "ameaças" só adensam o problema, sendo que o Conselho de Segurança das Nações Unidas já disse que não autorizam uma operação militar, que, diga-se, que a ser pensada, jamais devia ser divulgada ou sequer colocada em hipótese para o exterior num momento como o actual, onde a decapitação e execução de civis ou minorias que divergem com o regime são diárias e instrumentalizadas politicamente para atingir seus alvos políticos, entre eles os Estados Unidos, que são uma arma do Estado Islâmico. Obama aqui revela o seu ponto fraco: a política externa e a forma como tem actuado e acima de tudo falado para o exterior (ainda recentemente assumindo que não tem estratégia) demonstram e são reveladores da desorientação política, que, tem tido efeitos devastadores, e pede-se para que haja outro sentido, que haja uma estratégia, uma solução concertada com a comunidade internacional, sob pena de continuarmos assistir à escalada violenta e desumana dos Jihadistas, que após a queda da Al-Quaeda em 2003, foram ocultamente aproveitando seus membros e técnicas para crescerem na sombra do poder.