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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Tribunal de Penafiel

  





   Foi no tribunal judicial de Penafiel que assisti a algo de que, apenas teoricamente tinha conhecimento. Já tinha assistido num ou outro tribunal a coisas de pequena dimensão problemática ao nível das condições de trabalho, mas aqui foi deveras constrangedor, porque não havia mesmo condições de trabalho. A meritissima magistrada do Ministério Público, que diga-se que fez um esforço louvável, em audiência prévia de tentativa de conciliação com os arguidos e advogados num processo crime, nem um local conseguiu para o efeito, tendo mesmo de colocar todos os presentes numa pequeníssima sala, colocando lado a lado os arguidos, que ainda se lembravam e bem da "pancadaria" que houve, sendo que, inevitavelmente, existiu falhas de memória, como é normal nestas situações. Aliás, houve mesmo um "surto" de amnésia na sala. Mas o que é de realçar é que, enfiados todos numa sala, com um calor tórrido, não havia ar condicionado e as janelas abertas apenas aumentavam o calor já sentido na sala. Para além disso, todos ficaram de pé e ao assinar os documentos (porque não houve desistência da queixa criminal da nossa parte), quase que não chegava o papel, porque até esse era contabilizado.  
   Bem, se, por um lado, há coisas que vão bem no país e num bom caminho, há outras que não vão num bom caminho e precisam de mudar de rota, porque por aqui vão dar a uma estrada sem saída, e depois talvez se tenha de voltar para trás ou construir de novo, destruindo o que de mal foi feito. Era bom que algo fosse feito para melhor, como tanto reivindicou a magistrada na audiência, pela justiça, pelos seus agentes e pelos cidadãos.