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sexta-feira, 8 de março de 2019

1909- 2019 - faz sempre sentido o dia e a palavra: Mulher.





Embora tenha sido apenas designado pela ONU em 1975, como dia Internacional da Mulher o dia 08 de Março, as suas origens remontam a 1909, em que nos Estados Unidos da América uma classe de operárias do vestuário saíram à rua para uma manifestação contra as más condições de trabalho e desigualdade entre homens e mulheres. Actualmente, no mundo actual em que vivemos, ainda faz sentido a luta das mulheres, e, a ONU devia mesmo ir mais longe, e, aumentar o tempo de celebração, com campanhas mais fortes e eficazes pelo mundo, porque continuamos assistir a uma desvalorização do papel da mulher e uma diminuição dos seus direitos, o que não pode ser aceitável em pleno século XXI.
Em Portugal, continua a ser impressionante e humilhante os números da violência doméstica sobre as mulheres, mas as soluções esvanecem no tempo. O ponto de viragem está na educação, nos valores, na moralidade das pessoas, na ética. Talvez a curto prazo não haja outra solução mais eficiente de ataque ao problema que não seja aumentar a moldura penal do crime, e, a longo prazo, reformular e estruturar todas as medidas já em vigor preventivas do crime, e, ter meios de resposta mais eficientes e de proximidade com os cidadãos, nomeadamente, de protecção da vítima, que continua a ter receio na denúncia, e, muitas vezes, ainda não sabe como denunciar.
Neste dia, este ano escolhi o livro da Malala, que comprei há pouco tempo: "Eu, Malala", o grande exemplo da luta da mulher pelo direito à liberdade e à educação. Admiro-a e hoje existe um antes de Malala no Paquistão e um depois de Malala. Como diz: "O meu desejo é chegar a todas as pessoas que vivem na pobreza, às crianças que são forçadas a trabalhar e a todos os que sofrem por causa do terrorismo ou por não irem à escola. O meu desejo era chegar a todas as crianças a quem as minhas palavras pudessem dar coragem para que fizessem ouvir os seus direitos. Peguemos nos nossos livros e nas nossas canetas. São as nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. O meu objectivo ao escrever este livro foi o de erguer a minha voz em nome de milhões de meninas em todo o mundo a quem é negado o direito de ir à escola e a realizar o seu potencial".