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terça-feira, 12 de maio de 2020

Velho Banco




Em 2009, alguém proferiu as seguintes declarações (numa alusão ao admirado BPN, que já custou ao Estado 5000 milhões de euros): "a melhor forma de assaltar um banco é geri-lo". Talvez passado mais de 10 anos, possamos aplicar por analogia ao Novo (mais velho) Banco? Não podemos, parece que devemos. E estender que não é apenas geri-lo, mas investindo nele, como aconteceu com determinadas empresas sombra que quase ninguém ouve falar, como se houvesse um pacto secreto para não divulgar ou falar. Os pactos de silêncio são um "costume" nos corredores de poder quando em causa há distribuição oculta de dinheiro para os todos os intervenientes. Mas, tolerar práticas criminosas a nível de gestão bancária e a um nível total de paralisação de todos os órgãos do Estado, incluindo seus órgãos de soberania (com uma pequena exclusão dos tribunais - mas que o MP ainda deixou muitas dúvidas - exemplo caso BES) é algo que coloca em causa qualquer sistema democrático. A injecção recente no Novo (velho) Banco de 850 milhões de euros que paralisou o Estado, num pacto de silêncio ensurdecedor é a prova de que o sistema financeiro tem uma lei especial, diferente dos demais, onde as promessas e as dádivas não são alvo de qualquer punição e onde o silêncio tem valor, mas apenas entre aqueles que obdecem e assinam secretamente tal pacto.