Não é uma das pessoas incontornáveis da comunicação social dos últimos séculos como a pessoa a quem respeitada e delicadamente me dirigi anteriormente, mas é um exemplo de coragem, determinação, humildade, saber e um amigo que acaba de terminar a licenciatura de Direito na U.C.P, com 67 anos de idade. Entrava na sala de aula e alguém me dizia: “ O Sr. Novo já fez a oral interdisciplinar João e passou”. Confesso que foi um momento de grande felicidade para mim, porque é uma pessoa por quem tenho uma grande estima pessoal e que gostei sempre de acompanhar, preservar e admirar. Eu não me esquecerei e o Sr. Novo também não certamente do momento em que na biblioteca o seu código de trabalho era analisado de forma coerente e séria e as remissões eram apostas no código. No dia do exame, uma das pessoas que vigiava o exame retirou-lhe o código, por ter encontrado duas palavras escritas ao lado as remissões. Quando soube senti-me mal e constrangido pela situação e pelo desequilíbrio de rigor e parcialidade na exigência deste caso específico, pois eu também tinha sido cúmplice na escrita dessas palavras, com perfeita consciência de não haver problema, pelo facto de as palavras escritas não serem consideradas “graves” nem de influência directa no exame, sendo apenas meros indicadores (subtítulos) de uma matéria específica. Importa referir que era unânime que a U.C.P não perderia o rigor e a excelência no caso de ter optado por outra vida de resolução. A nota saiu e sem o código de trabalho, instrumento essencial, o Sr. Novo conseguiu passar. É fantástico não é?
Eu digo-vos que aprendi muito, esperando continuar aprender, porque vou continuar disposto aprender com pessoas de grande valor humano.