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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

" Como é que isto era possível na Casa Pia ", Juíza Ana Peres. Morosidade destrói Justiça Portuguesa.

Morosidade é uma palavra correcta para definir este processo, como tantos outros em Portugal. Eu não conheço este processo, ao contrário do Dr. Marinho Pinto, por exemplo, que profere declarações ( num plano inclinado como porta-voz do partido socialista) reiteradamente, mas tenho conhecimento público objectivo como os demais das pessoas, orgãos polícia criminal, institutos públicos, CIS, jornalistas envolvidos no processo. É supreendente assistir à defesa de diversos cidadãos em torno dos arguidos condenados, em contraponto com aqueles que defenderam constantemente as vítimas abusadas e violadas durante anos e anos na instituição em causa. Não há acesso ao processo, o que impede qualquer cidadão de poder afirmar que as penas aplicadas foram justas ou injustas, mas foi de conhecimento geral as provas do instituto de medicina legal que comprovaram o abuso sexual a determinadas crianças. Podemos afirmar como facto provado que houveram crianças abusadas durante anos na referida instituição, seria possível terminar um processo sem qualquer "abusador" ? Ainda estamos perante uma decisão da 1º instância, o que exige respeito pelo princípio da presunção de inocência, havendo ainda recurso, e como todos sabemos, numa justiça como a portuguesa, dificilmente as penas serão cumpridas, razão pela qual os arguidos sorriam e desrespeitavam as decisões aplicadas. Os protestos de "inocência" a que Portugal assistiu hoje não deviam ser proibidos mas ser evitados, pois estes espectáculos deviam ser utilizados noutros campos, não neste campo da justiça.