Eu não conheço a jornalista Felícia Cabrita pessoalmente, mas reconheço o bom trabalho efectuado pela própria em torno do seu objectivo : descoberta da verdade. Não é fácil num país como Portugal, onde existe uma "Liberdade oculta", conseguir com poucos meios e desprotegida, investigar, estudar e descobrir uma rede de pedofilia, um polvo insurgente na sociedade que alargava os seus membros de forma ágil e umas crianças que eram objectos deste polvo poderoso e criminoso. Alguém já esqueceu que esta jornalista encontrou o arguido Carlos Silvino em 2 dias, quando os orgãos de polícia criminal percorriam o terreno há mais de 1 mês e não encontravam vestígios da sua presença ? Isto são pequenos promenores com relevância, que deviam ter sido encarados com entusiasmo, mas não houve registo de um hiato temporal significativo para surgirem as "ameaças de morte" à boa maneira portuguesa enquanto houve dinheiro para gastar na fase preliminar do processo, no tempo das famigeradas "vacas gordas" do processo , não estivéssemos nós em pleno século XXI, numa fase de evolução dos povos, uma era pós-social, que arrepia o pensamento moderno.