Não foi por mero acaso ou excepção, sim pela sua qualidade e capacidade intelectual, que, noutros tempos elogiei, neste mesmo gabinete, o trabalho colectivo e individual da sua pessoa, enquanto ministro dos negócios estrangeiros. Bem, alguém credível e com um discurso simétrico à realidade envolvente permite-nos respirar num ambiente com extrema carência de espaços verdes, onde pouco resta, a não ser as emissões de poluição diárias emanadas dos vários orgãos governativos. É uma entrevista de carácter obrigatório a sua leitura ou visualização por todos os portugueses, porque fala verdade. Não pensaria em pleno século XXI, numa era de desenvolvimento, passados 35 anos de construção de democracia, ter de apelar à verdade.