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sexta-feira, 20 de março de 2020

Covid-19 - 20.03





É um momento excepcional, que exige medidas excepcionais. Não esqueço a reunião que tive numa empresa têxtil há pouco menos de duas semanas, em que a preocupação em torno da escalada da pandemia era mais que uma preocupação vulgar, era uma questão de sobrevivência. O rosto do gerente (que estava no terreno), a par dos rostos de empregadas têxteis com famílias e filhos para criar demonstravam que sem um apoio financeiro a curto prazo a possibilidade de fechar as portas é uma realidade. Não chega as linhas de crédito, o dinheiro tem chegar a estas empresas micro, pequenas e médias empresas e de forma ágil, ultrapassando burocracias e apoiando e fiscalizando. E impedir que os bancos façam fortunas à custa desta situação, aproveitando a situação frágil das empresas e das pessoas. Caso contrário, quando chegar, pode ser tarde.
O comércio parece ter sido esquecido, não existiram medidas. Duvido, por exemplo, que uma cabeleireira que vive do seu ganha pão, e tenha sido forçada legalmente a fechar o seu estabelecimento, aguente muito tempo sem qualquer tipo de apoio.
As pessoas não foram protegidas e isto poderá ter graves consequências e será uma questão a ser revertida a curto prazo, sob pena de estarmos abrir uma fissura em plena crise sanitária. Há países a suspender as prestações ao banco, tendo um impacto imediato na vida as pessoas. É pouco aceitável que Portugal não tome medidas a esse nível. A desprotecção das pessoas em detrimento de um lobismo bancário tradicional não será perdoada pelas pessoas.