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terça-feira, 11 de novembro de 2014

BES - Parte VII

  







   Fantástico! "Ena essa foi de génio oh DDT (Dono Disto  Tudo, alcunha por que todos tratavam Ricardo Salgado)". A revista "Sábado" deste semana explica a forma e porque razão tudo tem medo de falar da gigantesca fraude do caso BES, explicando a forma como a influência dos partidos políticos (desde PSD, ao PS, passando pelo Bloco e CDS e PCP : todos estavam e estão comprometidos politicamente com lugares no banco de seus camaradas) no BES limita a sua própria liberdade de opinião sobre o tema e talvez torne mais explicito a razão pela qual ninguém toma posições públicas sobre o caso e porque não houve ainda uma única condenação, ao mesmo tempo, que aqueles que levaram à falência o BES e "apoderaram-se" ilegitimamente do dinheiro de pessoas que eram clientes do banco, continuam a fazer transferências de milhões para offshores e a levar a vida de forma igual ao que antes acontecia, porque em Portugal, pelo menos até agora, quem rouba milhões, tem perdão vitalício.
   Ainda nada, ou quase nada foi explicado sobre o caso BES. Mas também o que soubemos sobre o caso BES Angola? E sobre os 14 milhões que Ricardo Salgado recebeu como prenda de um construtor? E sobre a suas "falhas" de memória nas declarações ao fisco? 
   Mas, tudo isto tem uma explicação: o BES sempre esteve no poder, e mesmo desaparecendo o seu nome, as pessoas continuam noutro banco como "Novo Banco" ou distribuídas noutros cargos (mesmo que mudem de emprego), porque na verdade faz parte do acordo que jamais poderemos deixar os camaradas sem tecto. É pelo facto de os camaradas não poderem ficar sem tecto, que todos os seus líderes têm obdecer e, se for mesmo preciso, alterar leis ou que for preciso para mascarar a situação, remediá-la ou mesmo esquecê-la, porque no fim, são sempre os mesmos a pagar.