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sábado, 15 de novembro de 2014

História do Bancário







   São coisas simples, mas que podem acontecer a qualquer um, basta viver para isso acontecer.
  Passou-se entre um cliente de um banco português e o próprio bancário. Um cliente foi ao banco para abrir conta. Entretanto, no próprio banco disseram-lhe que não ia pagar isenções, mas que teria que pagar 5 euros de três em três meses por tempo indeterminado, para o qual o cliente não se opôs, por desconhecimento do que assinava, e por confiar na palavra de quem está do lado de lá, que são especializados e formados na arte das vendas. Quando vi o contrato que assinou ao abrir conta, vi que o cliente subscreveu um produto do banco, mais especificamente, um seguro de acidentes pessoais (que não lhe foi dito que seria um seguro) e ainda teve de fazer um pagamento inicial relativamente a esse seguro. Após isso o banco foi contactado, e imediatamente o problema foi resolvido, o contrato denunciado e foi devolvido o dinheiro ao cliente, fez-se o estorno (creditando o que havia sido indevidamente debitado). O bancário assumiu o erro, ele sabia que tentou enganar o cliente ao subscrever-lhe um produto, e, não se prosseguiu com uma queixa, sob pena de poder ficar suspenso de actividade (como já aconteceu numa outra situação em que estive envolvido). Um banco nunca pode, em situação nenhuma, obrigar um cliente, ao abrir conta, a subscrever seus produtos. O que pode fazer é aceitar ou não um cliente abrir conta no seu banco, apenas isso. 
   Impressionante a forma como casos simples como estes ocorrem com tanta frequência (mesmo muito) e faz lembrar muito do que teve na origem desta crise económica, e esta frequência é um forte indício de que os erros do passado ainda continuam e as pessoas continuam assinar sem um conhecimento e uma vontade livre, informada e esclarecida, bem como os bancos continuam a ter práticas indevidas na captação de clientes, pouco fiscalizadas pelo banco de portugal, a não ser que sejam denunciadas, o que acontece pouco, tirando os casos em que as pessoas tenham apoio jurídico.