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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Imoralidade

   



Assembleia da República




   A reposição das subvenções políticas que, tinham sido eliminadas em 2005, é uma autêntica imoralidade. O deputado Couto dos Santos (PSD) e o deputado José Lello (PS) foram os impulsionadores deste regresso ao passado, sugerindo que os ex-políticos com rendimentos acima de 2000 euros pudessem recuperar o valor das suas subvenções vitalícias. A proposta foi aprovado com os votos do PSD e do PS, abstenção do CDS e votos contra o PCP e do Bloco.
   Por vezes, e não podemos ter dúvidas perante esta votação, a maioria dos deputados vive à margem da realidade do país e "brinca" mesmo com as pessoas, neste caso com os cidadãos portugueses, porque isto é uma verdadeira imoralidade e incoerência política. Esta imoralidade e incoerência é logo visível quando percebemos que quanto a aspectos fundamentais para o interesse do país não hà entendimento entre PS e PSD, como é o caso da reforma do Estado, que é uma matéria decisiva para podermos mudar o rumo do país. Com esta imoralidade colocaram a "nu" que na verdade pode haver entendimento, mas desde que seja para fins pessoais, como foi o caso da reposição das subvenções políticas vitalícias. E alguém devia dizer a Couto dos Santos e José Lello que deviam ter vergonha ao equiparar as subvenções políticas às pensões normais de reforma, porque enquanto as subvenções políticas vitalícias são um privilégio de poucos anos de trabalho, as pensões de reforma são um direito para o qual as pessoas descontaram ao longo de toda uma vida de trabalho.
   É simples e acho que quem votou a favor desta imoralidade política devia ser eliminado e expurgado da Assembleia da República, que é um órgão que devia representar os cidadãos portugueses e não os interesses pessoais de alguns políticos, que não foram todos que votaram a favor, e esses devem ser salvaguardados. Isto é a prova final de que é necessário "rasgar" e "romper", fazer a "limpeza" e "varrer" com esta gente que faz política olhando para os seus interesses pessoais, porque como disse Rui Rio e bem: "Ou é para romper ou não dou para o peditório".