Não há uma boa maneira do país sair deste caso que envolve agora o nome de José Sócrates, antigo Primeiro Ministro de Portugal. Se por um lado, e partindo do princípio que há suspeitas fundadas para as detenções, como referi anteriormente, numa análise ao caso dos vistos gold, ao estarem envolvidos em esquemas de corrupção pessoas que tiveram ou têm cargos políticos de alto relevo na sociedade, como é o caso do presidente do I.R.N e director SEF nos vistos gold e agora de José Sócrates, que teve um dos cargos políticos mais importantes em democracia, começamos a ser equiparados a países sub-desenvolvidos, onde a corrupção é um modo de vida na política, como são exemplos países africanos, e isso não é bom para o país e merece uma reflexão, porque talvez seja necessário mudar mesmo as pessoas que fazem política em Portugal. Por outro lado, caso não haja suspeitas fundadas que justifiquem a detenção de José Sócrates para interrogatório (o que admito que seja pouco provável e não acredito que possa acontecer) seria uma descredibilização da justiça e uma falha grave do sistema de justiça que teria consequências muito graves para o país. Mas para ter sido detido e da forma que foi, têm que haver fortes indícios (isto numa análise em abstrato porque não sabemos os factos em questão) e se foram ordenadas detenções o juízo entendeu que havia perigo de fuga, ou perturbação de inquérito ou havendo razões para considerar que o suspeito não compareceria no interrogatório.
É importante que se deixe a justiça funcionar e que se respeite o princípio da presunção de inocência, porque temos assistido a exageros de apoiantes de José Sócrates e inimigos do mesmo, seja, por exemplo, quando ouvimos João Soares, do PS, a defendê-lo de uma forma aberrante e inaceitável a dizer o seguinte: "não aceito a prisão de um antigo primeiro-ministro a não ser por crime de sangue em flagrante delito", como quando ouvimos Duarte Marques, deputado do PSD, a dizer: "Aleluia, já vem tarde". E não devemos cair na "armadilha" de linchamento ou defesa barata, e, devemos condenar as fugas de informação, porque é estranho determinados órgãos de comunicação social terem estado no aeroporto no momento da detenção do suspeito. É grave, porque não devemos ser a favor de "julgamentos públicos", devemos respeitar o segredo de justiça e condenar quem o viola.
É importante que se deixe a justiça funcionar e que se respeite o princípio da presunção de inocência, porque temos assistido a exageros de apoiantes de José Sócrates e inimigos do mesmo, seja, por exemplo, quando ouvimos João Soares, do PS, a defendê-lo de uma forma aberrante e inaceitável a dizer o seguinte: "não aceito a prisão de um antigo primeiro-ministro a não ser por crime de sangue em flagrante delito", como quando ouvimos Duarte Marques, deputado do PSD, a dizer: "Aleluia, já vem tarde". E não devemos cair na "armadilha" de linchamento ou defesa barata, e, devemos condenar as fugas de informação, porque é estranho determinados órgãos de comunicação social terem estado no aeroporto no momento da detenção do suspeito. É grave, porque não devemos ser a favor de "julgamentos públicos", devemos respeitar o segredo de justiça e condenar quem o viola.
Depois da queda de Ricardo Salgado, de Maria de Lurdes Rodrigues, de Armando Vara, do presidente do I.R.N, do director do SEF, quero acreditar que, para além de ser um ano histórico para o país em termos de justiça, que está chegar ao fim o tempo da impunidade política em Portugal.