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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011 :Annus Horribilis

Antes de mais nada boa noite!
Queria pedir-vos licença e, começar este artigo, com um inelutável agradecimento especial ao meu querido amigo e estimado tio Jorge, que gostava de estar aqui entre nós, mas partiu este ano em Março, uma grande figura humana, um homem de grande coração, de quem guardo e nutro eterna memória e é com prazer e orgulho de quem conviveu e partilhou com ele momentos fantásticos e reteve seus ensinamentos que expresso aqui esta simples referência de um fantástico ser humano, que, deixo citado: encontrar-nos-emos um dia em qualquer parte já que não vai ser aqui.
Sem mais delongas, foi um ano de princípio de mudança, de ruptura, de indefinição, de quebra de hábitos, de dificuldades, de indecisões, de especulação, de medo, de coragem, de indignação, de revolta popular, de desconfiança, de injustiças, de protestos, de transparente realidade.
Não há outro acontecimento, seria uma injustiça referir ou enumerar outro acontecimento que não seja a Primavera Árabe, a revolta arábe e a queda dos famigerados ditadores. Ben Ali na Tunísia deu início ao fim de regimes que sacrificavam os seus povos, por vontade popular, tendo sido forçado a fugir do país. Exercia a designada "liderança cobarde" desde 1987, sem piedade pelos seus destinatários. Seguiu-se Mubarak no Egipto, o ditador acusado da morte de 800 manifestantes na repressão contra a mobilização popular, renunciou ao cargo a 11 de Fevereiro e que, não deve ser poupado em tribunal e pena máxima é o mínimo de justiça. O comboio arábe anuncia a próxima estação: Líbia, e aqui Muammar Kadafi decide, de forma infortuna, lutar como um mártir, vitimado com uma bala na cabeça durante fogo cruzado, um regime acusado de diversos crimes contra a humanidade, e um líder, ontem amado e hoje fuzilado. Interessante e de registar as reacções dos líderes europeus e mundiais à morte de Kadafi, que meses e poucos anos antes, tinha sido recebido em diversos desses países com honras de Estado e, recebido nas cimeiras como um verdadeiro líder e amigo. Mas, as relações entre os Estados regem-se pelo poder e, a Líbia é um país com poder (petróleo), e, era útil ter relações diplomáticas com a líbia, mesmo tendo conhecimento que o seu líder fuzilava opositores ao seu regime interno, oprimia e capturava os rebeldes, escravizava o seu povo e injuriava a humanidade.
Iêmen, Sudão, Síria, Argélia, Arábia Saudita, Barein, Kuwait, Jordânia, Iraque foram estações obrigatórias da revolta árabe e, pautaram-se essencialmente por protestos, grandes manifestações dos seus povos, o acordar do saudoso "povo", tendo efeitos decisivos, como possíveis não reeleições dos seus líderes anunciadas. É pena que, tenha que haver uma revolta para os líderes perceberem que o "seus cargos são de custódia temporária", como um dia afirmou-o Ronald Reagen. Hà uns tempos, tomava conhecimento que, no Barein, o rei, em detrimento dos protestos tomou imediatamente a medida de soltar presos políticos e inocentes. Mostrou a sua fraqueza e sua cobardia, demonstrando que mantinha pessoas detidas por questões pessoais ou de seu gosto, e não por razões que justificassem a sua detenção. O poder de sucessivos anos protege a corrupção, o tráfico e o poder económico.
Estas revoltas demonstraram, mais uma vez, que, o povo é quem faz a guerra e, que, a história é decidida pela vontade popular, por aqueles que constituem as nações, por os oprimidos, pelos detidos ilegalmente, pelos cidadãos, pela designada classe intermédia, à qual se junta a classe baixa e nichos de classe alta, sempre mais tarde. Chegou o momento em que alguém disse "basta" e, não quiseram continuar a trabalhar para manutenção de luxos do seus líderes, que era a realidade pura e dura. Basta pensarmos nas voluptuosas casas em ouro do Sr. Kadafi, que, seria justo tendo sido conseguido através do seu trabalho, mas foi pelo contrário, através do trabalho do seu povo, e com agravante, de oprimindo-o e chegando a matar pessoas para conseguir seus objectivos.
Continuando no meu busílis, surge a Europa de Robert Schuman, que navega sem rumo e sem comandante, com os tripulantes a garantir a sua subsistência. Impressionante a forma como os líderes europeus deixaram afundar a Europa, e agora a pergunta é: o que vai acontecer ao euro, para já, sem o Reino Unido ? É inadmissível e decepcionante assistir à falta de decisões políticas de uma Alemanha e uma França, que nos habituaram agir, e, hoje, apenas sabem reflectir.
Uma Europa que deixou ser comandada pelo FMI, que esperou que os outros fizessem o seu trabalho e, que, quando tinha que ajudar países como a Grécia e Portugal, e agora a Espanha e Itália, não o fez. Uma Europa que deixou que atacassem os seus países, que contribuiu para esse ataque na sua omissão de comportamentos e, quando chegavam declarações públicas de Bruxelas ou de membros do Governo da Alemanha ou França, mais pareciam, fazendo uma analogia, declarações de um aluno que está a prestar provas orais e que luta apenas para o 10, correndo o risco de tirar negativa e não passar. Nunca vi uma voz, como vi em outrora na história, de alguém de Bruxelas afirmar veemente: " A Grécia e Portugal não vão cair, eles são nossos, somos uma união, e não vamos deixar que nada nem ninguém lhes faça mal"(repetidas vezes). O que vimos foi declarações desastrosas de fracos líderes que, podem, com os seus negativos comportamentos, ter decidido o fim da Europa de Schumann.
Em 1946, na Universidade de Zurique, Winston Churchill, disse o que pensava, num discurso à juventude académica sobre a Europa que passo a citar: Existe um remédio que (...), em poucos anos, poderia tornar toda a Europa (...) livre e (...) feliz. Trata-se de reconstituir a família europeia ou, pelo menos, a parte que nos for possível reconstituir e assegurar-lhe uma estrutura que lhe permita viver em paz, segurança e liberdade. Devemos criar uma espécie de Estados Unidos da Europa.” Acho que deveríamos reflectir sobre este pensamento e, perceber se precisamos de uma união, repetida, Franco-Alemã, ou uma espécie de Estados Unidos da Europa.
Eu fico incrédulo e impassivo quando penso nesta Europa, principalmente nos seus líderes, porque acho que existe solução, e alguém está a destruí-la.
Portugal, o nosso país, um país de lutadores, disse Adeus a José Sócrates, e elegeu Pedro Passos Coelho, que parece ser uma pessoa bem intencionada, que tem vontade de mudar, mas precisa de avançar com as reformas estruturais e decisivas em 2012, como é exemplo a reforma da Administração Local, entre outras, que vao ser decisivas para a sua continuidade. Este ano de 2012 vai ser decisivo em termos políticos para Portugal e o Governo, e não pode haver recuos nem medos, e deve olvidar as "baratas" de partido e pensar nos portugueses, e nas necessidades de um povo que não vira as costas à luta e, que, vai conseguir vencer.
O ano findou-se (consummatum est).
Desejo a todos um fantástico ano de 2012, força e luta, porque somos um povo lutador, como reza a nossa história.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Santo Natal

domingo, 11 de dezembro de 2011

Lúcio Feteira



A apresentação do livro de uma "pessoa rara", como o afirmou o jornalista da Visão Miguel Carvalho (autor do livro apresentado na Fnac no dia 9.12.11).
O homem que começou a trabalhar no negócio das limas muito cedo em Vieira de Leiria no século XIX, que foi a favor e contra a ditadura e que acabou o final da sua vida preocupado com as suas raízes, a sua terra natal, a quem deixou parte da sua fortuna, um gesto generoso para com aqueles que nunca o abandonaram e sempre o admiraram, o sempre fiel seu povo, que, por diversas vezes, como já afirmou um dia um grande político, "são a nossa família", e para Tomé Feteira, se não foram a sua família, foram pessoas por quem tinha grande estima e carinho. Estive presente na sessão e ouvi falarem de um homem que foi muito mais que um milionário, de quem hoje se disputa uma fortuna. Não foi uma figura pública, não aparecia nas revistas, mas prestigiou o país com o seu trabalho, tendo sido um empresário de sucesso. É pena , e concordo com o Miguel, quando o país fala e discute um crime, esquece um homem, um empresário que conseguiu fazer coisas na época impressionantes, boas e menos boas, de fácil e difícil percepção, entre elas, financiou um golpe contra Salazar (foi proibido de entrar em Portugal, foge para Brasil em 1947 ) e lá fora elogiava Salazar, e que chegou a converter-se ao fascismo. Chegou ao Brasil nos anos 40 e estabeleceu laços com Presidente do Brasil, e quando aterrou tinha 400 banqueiros à sua espera. Interessante perceber a crítica que é feita pelo Miguel, de um empresário que muito pouco fez pela sua terra, enquanto era vivo, mas que morto deixou-os bem.
A filha Olímpia Feteira foi convidada a estar presente, mas rejeitou o convite, e, fê-lo através de mail, que foi divulgado em público, para os presentes perceberem e ouvirem as suas razões, que não foram convincentes nem educativas. Pelo contrário, o sobrinho João Tomé Feteira esteve presente.
Acho que foi interessante estar presente, e conhecer um pouco mais da vida de um empresário que foi exemplo no meio empresarial da época, e que, deixou ensinamentos.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Dia D







O dia, a reunião, a decisão que todo o mercado dolorosamente anseia, que tarda em chegar,e, a situação foi colocada da seguinte forma: agora ou nunca. Dia 9 (nascer de dia 10) de Dezembro pode ser um dia de reviravolta, ou um dia de confirmação do desastre, do fim de uma moeda única, que seria demonstração de forte incapacidade e fracasso de quem lidera esta Europa.
Quem, como eu, cresceu no seio de uma Europa em desenvolvimento, onde hoje, uma entre várias das suas vantagens é , por exemplo, à distância de um clic podermos comprar uma viagem em low cost a madrid, marraquexe, barcelona, paris, etc, por 25, 50, 70 euros e circular livremente nesses países através do acordo de schengen, fica impressionado com as ideias loucas em debate, a facilidade em "desconstruir um projecto a 27", que demorou anos a construir, um entendimento possível depois dos sucessivos fracassos e tentativas de união entre os Estados no pós Guerra, como foi exemplo a sociedade das nações . So depois da Segunda Guerra Mundial, foi possível essa união dos Estados, com surgimento da ONU em 1945. Em 1951, surge a CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), a famosa produção franco-alemã do Carvão e do Aço, que revolucionou a forma de os Estados se relacionarem e em seguida originou-se a União Europeia.
Anos e anos de construção, e o que prevalece ? Interesses de cada Estado.
Hoje, entrava numa livraria aqui do Porto, e nos seus destaques, aparecia um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, e com veemente curiosidade, peguei no livro e centrava-se no grande líder dessa mesma guerra, de seu nome incontestável: Winston Churchill. Não foi um génio da guerra, mas soube decidir e vencer.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Dona Rosalina





Carta que enderecei a Dona Rosalina:


“Estimada Dona Rosalina,

Escrevo hoje, com a humildade, gratidão e orgulho de quem gostou de conhecer e trabalhar, enquanto aluno de Direito da UCP, com a Dona Rosalina.
Agradeço a sua generosidade, solidariedade, lealdade, empenho, amizade, e, sobretudo, toda a sua paciência para connosco, que conjuga qualidades profissionais com qualidades pessoais.
Fico grato por todos os momentos em que me ajudou, sempre com um sorriso e uma entrega inexcedíveis, que guardarei com carinho e como ensinamentos, porque a Dona Rosalina para mim é um exemplo de como trabalhar em excelência, com rigor e determinação.
Despeço-me com saudade, e, lembrando e homenageando um fantástico ser humano que, consegue fazer do contacto pessoal com os alunos uma ponte única e eterna de caminho para o sucesso.


Com consideração e estima pessoal. “


Uma homenagem merecida, de quem trabalha há anos e anos na secretaria da Universidade Católica Portuguesa, com um rigor e dedicação extraordinária. Sim numa simples secretaria de uma Universidade. Vários são os alunos que, quando lembram a faculdade, lembram o nome da Dona Rosalina, que foi, quem em variados momentos, os ajudou e salvou da incompetência das demais. Professores como Dr. Azeredo Lopes (também até ao ano transacto Presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social), Dr. Agostinho Guedes, Dr. António Montalvão Machado, Dr. Engrácia Antunes, Paulo Rangel, Rita Lobo Xavier, Mónica Duque, e outros tantos, ainda em seus tempos académicos lembram esta Senhora e já toda a sua proximidade de excelência com os alunos. A Dona Rosalina consegue ser e fazer uma coisa que mais ninguém consegue fazer: entende os alunos e dá-lhes valor.


domingo, 20 de novembro de 2011

Advogado e Advogado Estagiário

"Verifico que, face a esta deliberação (que alterou os custos do estagio na ordem dos advogados), os emolumentos devidos pelo estágio na Ordem dos Advogados foram elevados a € 1350, ou seja, precisamente o que um advogado na plenitude da carreira paga de quotas à Ordem dos Advogados durante três anos. Parece, portanto, que a Ordem considera que os advogados estagiários, que apenas se estão a candidatar à profissão, têm capacidade financeira igual ou superior aos advogados que já exercem a profissão há muitos anos.
E diz-se nesta deliberação que a razão para tão elevado aumento dos emolumentos do estágio reside no facto de o Tribunal Constitucional ter considerado inconstitucional o exame de acesso à Ordem, por o considerar uma barreira de acesso à profissão. Aceitam-se apostas sobre o que vai pensar o Tribunal Constitucional desta alternativa."



Luís Menezes Leitão

domingo, 6 de novembro de 2011

Império do Direito é o Princípio da Liberdade : Liberdade de Inscrição.

A última pessoa com quem falei ontem afirmava: " Eu não tenho 700 euros para pagar a inscrição na ordem dos advogados, e, até o apoio social perdi recentemente".
Foi recente a alteração, segundo deliberação de 21 de Outubro de 2011, nº2089/2011, entre as demais, o acto de inscrição passou de 150 euros para 700 euros, sofrendo, mais uma vez, nova alteração, já acontecida com os 150 euros, por decisão deste famigerado bastonário (cfr. link em baixo).
No ano de 2010, assisti à conferência na U.C.P., onde foi discutido, entre outros assuntos, o estatuto da ordem dos advogados, e na qual alguém berrava : " Eu quero que qualquer pobre tenha possibilidade de tirar o curso de direito". Para meu espanto, era o Sr. Bastonário que proferia tais palavras, percebendo o seu sentido em termos formais, mas desconhecendo-o em termos de conteúdo substancial, como provam estas alterações, passando a ser critério de entrada na ordem a capacidade contributiva de cada um, e não o seu valor ao nível dos conhecimentos e sua formação, isto é, quem tiver elevados rendimentos e for muito fraco ao nível de conhecimento adquirido na área tem acesso à ordem, pelo contrário, quem for muito bom ao nível de conhecimento adquirido na área e possuir rendimentos baixos (que impossibilitam de pagar os 700 euros) não tem acesso à ordem dos advogados. Isto é de uma gravidade extrema, num momento em que o jornal "O Sol" informa que este Senhor deu ordens para reprovarem o maior número de pessoas possível (conforme link em baixo), o que constituiu um crime e não admira, porque medidas como esta são de um ditador que não olha a meios para atingir os fins e está a impedir de forma danosa e dolosa o acesso à profissão de todos aqueles que têm o direito de entrar, que foi para esse fim que tiraram o curso de direito.
Na próxima segunda-feira, este Senhor regressa à U.C.P., e, não podendo estar presente, pedia, quase que exigia que na primeira oportunidade haja uma intervenção de afronto a este organismo, porque não pode haver um bastonário que faça isto a um jovem que queria entrar na ordem dos advogados e não possa entrar por não ter dinheiro. Hà um ano o Sr. Marinho Pinto defendia que qualquer pobre devia tirar o curso, e, esta alteração é uma afronta a todos os pobres deste país, e uma forma de gozo pouco simpática e criminosa, de quem é um desqualificado, que chegou a bastonário por ordem do espírito santo e votos de advogados muito mal formados, que infelizmente constituem uma maioria significativa na ordem dos advogados (como partilhou comigo um ex. presidente da ordem dos advogados do distrito do porto).
O bastonário da ordem dos advogados deve ser investigado, e , restam poucas dúvidas que, no seu tempo já estaria preso, e agora para quando o mandato ?
Importa referir que, existe a agravante, de, o Sr. Marinho Pinto já ter sido pobre (declarações suas na conferência em 2010), e, se tirasse o curso hoje, e com as novas alterações, era um dos que não entraria pelo facto de não poder pagar os 700 euros de inscrição.
Kant, com razão, chegou a escrever que o "Império do Direito é o princípio da Liberdade", constitui o que legitimamente devemos apresentar como esperança, sendo que, o princípio da liberdade de inscrição é uma sua máxima, e, quando alguém que lidera um organismo não percebe isto, deve fazer um favor ao Direito e deixá-lo, porque ele não fica sozinho.


Links para consulta de texto:

http://dre.pt/pdf2sdip/2011/11/210000000/4338743388.pdf (deliberação de alteração do estatuto da ordem dos advogados)

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=32887#.TrQyRnKk-cg.facebook (Jornal "O SOL", onde o bastonário acciona formas ilícitas e que constituem crime para atingir os seus fins)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A política é quase tão excitante como a guerra, e quase tão perigosa quanto esta.

Em termos políticos, o que fez Papandreou foi jogar o joker, mas, em termos de realidade europeia e nacional, quebrou o regulamento interno e desistiu, deixando nas mãos da historia, de um povo exaltado, triste, endoado, revoltado e em sofrimento a decisão de deixar cair o euro. Não consigo perceber o momento de jogar o referendo, quando poderia o ter feito numa fase inicial de entrada do FMI na Grécia. A Europa e os seus famigerados lideres esperaram e abriram as suas portas a uma forte possibilidade de surgirem situações que enfraquecessem o euro, devido ao seu nulo poder de decisão. As sucessivas reuniões de adiamentos, os meses em vão, os encontros dos indecisos, os esclarecimentos para convencer os leigos, são expressão de uma fase da história recheada de fracos lideres políticos, que apenas sabem assinar e não decidir. Estes lideres europeusNegrito foram enxovalhados de forma justa pelo omissão de comportamentos em prol de uma Europa a 27 e não a 4. Agora já não faz diferença uma Grécia sair do euro ?
Ninguém de bom senso pode concordar com Papandreou, mas pode concordar que qualquer obstinado lidera esta Europa.

sábado, 29 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Afrontar a Classe Média

Uma classe sem superiores hierárquicos é o retrato actual da classe média no nosso país. Por distracção, por incapacidade, por medo, por prioridade, a verdade é que a classe média está a ficar sem reservas, num Estado que apenas existe como instrumento fiscal. Porque existe a classe média, dispensa-se a criação de um novo imposto, esta substitui o imposto, porque consegue a finalidade, que é obtenção imediata de receita, numa fiscalidade pura e dura.
Acima dos 1000 euros, sem olhar para o lado ? Os que recebem 1007 euros que não são líquidos vão ser cortados da mesma forma que os que recebem 4900 euros que são líquidos ?
A classe média está hipotecada, urge tirar a hipoteca e não executá-los.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ouvir estes 14:42 minutos e agradecer





Depois de um discurso destes, percebe-se que estamos perante uma pessoa que fez a diferença e que aproveitou a vida da melhor forma enquanto cá esteve entre nós, porque simplesmente amou aquilo que fez, e não desistiu de lutar. Estes 14:42 minutos são o espelho e a marca de quem fez diferente, e, mesmo numa luta desigual que travou contra o cancro, conseguiu ter sempre força para lutar e continua a inovar.

domingo, 2 de outubro de 2011

Olvidar

Chegou o momento de ter "punho de ferro" com aqueles que dolosamente utilizaram os dinheiros públicos, caso contrário, é o país enquanto "nação" que é colocado em risco.
Primeiramente, desonerá-los politicamente, porque um líder político, como é o caso de um Senhor Jardim na Madeira, não pode, enquanto político, proferir afirmações caluniosas e graves sobre o seu país, quando gastou abusivamente, e consciente da ilicitude dessas práticas, o dinheiro de todos os contribuintes. Deve ser castigado abruptamente, e devemos olvidar o Sr. Jardim.
É com pena que o ouvi chamar a comunicação social há uns tempos para afirma o seguinte: " eu não disse que queria a independência". Dava-lhe uma semana de sobrevivência, caso não proferisse tais afirmações. Não tenho dúvida que o país necessita urgentemente de eliminar algumas lideranças políticas, que se alastram de forma cancerígena desde do sector bancário ao sector empresarial do estado, como é exemplo as autarquias locais (suas empresas municipais).
Seguidamente, impedir, através de criação na A.R de um novo diploma, os detentores de cargos políticos de permanecerem nos "cargos dourados", quando usurpam os seus poderes ( este gasto na Madeira deve ser considerado uma usurpação de poderes), pois não deve ser permitido gastar milhares de milhões sem controlo e fiscalização, quando a A.R é quem decide as verbas a serem transferidas para os arquipélagos, quando elaboram o orçamento (artigo 164º C.R.P).
Por último, o que o país precisa menos neste momento é de um ambiente de circo, porque precisa-se de falar sério e verdade às pessoas, embora eu ache que o circo deve ser uma tradição a manter, e, se o Sr. Jardim quer ser palhaço, a gente arranja-lhe um lugar no circo dos irmãos pombal, mas deixe de gozar e brincar com o dinheiro de gentes que lhes merece respeito e que, muitas dessas pessoas, que são os contribuintes, estão a passar grandes dificuldades e quase sem dinheiro para se alimentarem.

sábado, 1 de outubro de 2011

CASO, Católica Solidária





Costumo dizer, que, quem não aproveita a CASO- Católica Solidária na Universidade Católica perde um percurso na aprendizagem ou consolidação de valores humanos, que tanto esta universidade preza.
Neste local, neste espaço designado por CASO, conheci pessoas fantásticas, desde da Patrícia à Mafalda Cardoso, de quem guardo significativa estima pessoal. O projecto "Porto de Futuro" , que integrei, foi um marco e influenciou a minha forma de pensar a "escola" e pensar o "aluno carenciado", pensar a integração directa ou indirecta das empresas no sistema de ensino, nos próprios quadros de administração das escolas, pensar o apoio especializado e fiscalizado do aluno com problemas familiares e dificuldades escolares, pensar a escola para educar e ensinar ou apenas ensinar.
Fiquei ligado à CASO, a qualquer momento posso integrar projecto e é com orgulho e agrado que felicito o novo site: http:" //www2.porto.ucp.pt/caso/ "

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Metro do Porto, são 2.70 Senhor!

Expliquem-me! Em outrora, vivia-se tempos em que o metro, o autocarro, o comboio surgiam como alternativa ao carro, e o caminho de evolução positiva faz-se nessa estrada sem carros. Hoje, a realidade não nos permite seguir essa linha de raciocínio, e, ao querermos um titulo de viagem de ida e volta para a linha mais barata (Z2), por exemplo no metro do porto, fica-nos a 2.70 euros (sem cartão andante) ou 2.20 (com cartão andante). Um titulo de viagem num autocarro, o designado e revolucionário agente único, a 1.75 euros. Idealizar uma sociedade sustentável, exige pensar, em primeiro lugar nas pessoas, e, em segundo que, uma nação só pode progredir se oferecer aos seus demais cidadãos condições para essa progressão e ascensão. O que se passa com os transportes não tem longevidade, e em breve, tornar-se-a um grave problema, que podia ter sido resolvido, como tantos outros similares, se nada for feito ou requerido dentro do prazo.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

11 Setembro, "olho por olho, dente por dente"





Não é fácil lembrar este dia, porque foi mais um dia da história onde os inocentes foram instrumentalizados pelo poder, milhares de mortos, milhares de estratégias falhadas, milhares de falhas de comunicação e diálogo, milhares de erros, milhares de situações, e, mais uma vez, onde vislumbrar a resposta ? O problema gira em torno do mesmo, de um poder entre Estados (e assim se vão regendo as relações internacionais), e as represálias tem sido o meio seleccionado para travar o inimigo, sem sucesso evidente. Mas, quem critica os E.U.A e o Ocidente, não esqueça que, do outro lado, a religião é soberana, e lembro-me de várias manifestações, entre as demais, recordo a de Jihad : "Morte aos E.U.A. Morte aos E.U.A", num fundamentalismo exacerbado, em que os ataques suicidas são uma forma de vida e quem não a seguir pode ser considerado traidor . Curioso perceber os países onde o islamismo conta com mais adeptos : Médio Oriente, Arábia, Norte de África e por parte da África Negra, Turquia e Balcãs, Irão, Afeganistão, antigas Repúblicas Soviéticas, Paquistão, Índia, Malásia, Indonésia e China.
Nada desculpa George W. Bush, um dos piores lideres da historia da América, que utilizou o sistema "pelourinho", quando podia e devia ter criado uma estratégia diferente, porque a intervenção militar deve surgir ampliada e acompanhada de uma estratégia geral e forte entre Estados, o que não ocorreu. E digo que, se assim fosse, intervir por intervir, como ocorreu com o Iraque em 2003, deveria-se entrar por África.
Não era preciso ser um grande presidente, bastava olhar para imagem que coloquei em cima, lembrar estes inocentes que sofreram e tentar evitar mais mortes, porque eles também são nossos.

domingo, 11 de setembro de 2011

11 Setembro

sábado, 3 de setembro de 2011

Morrer a lutar



Líbia, um homem que se transformará num mito, que fez um país a sua medida. Num país onde não existe Estado, não existem partidos (destruiu-os), os ministérios designavam-se comissões e as embaixadas tinham o nome de oficinas, adivinha-se difícil a transicção para uma democracia. Quem lembra este chefe árabe, recorda a sua tenda, como quando veio a Portugal, fazendo memória aos tempos dos nómadas do deserto, mas nada era por acaso, tudo tinha uma ideia, uma mensagem, e essa reside nos valores árabes.
Não houve um hiato temporal significativo, se retroagirmos a Saddam Hussein, e percebermos que também existia apenas o homem, rodeado de recursos naturais ricos, essencialmente o petróleo. A ultima imagem, que percorreu o mundo e que registamos, foi de um homem enforcado. Esta revolta no mundo árabe deve ter efeito contágio, e, países como, a Síria, o Bahrein e o Iémen, este ultimo dividido entre zaiditas e xiitas, estão expostos a novas revoltas internas.
África Subsaariana um dia vai acordar, e, os países que apoiam esta revolta árabe devem olhar para Africa e não se conformar com ditaduras que escravizam seus povos, como acontece no Zimbábue e Camarões, onde o Senhor Mugabe, que chegou a ser recebido em Portugal pelo Sr. Sócrates, faz o que quer e lhe apetece há anos e anos, sendo a corrupção um dos seus pontos fortes.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Monte Athos, Grécia







segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Simplicidade Política

Por vezes, um político complica o seu campo de actuação. Ontem, ao ouvir o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, lembrava Ronald Reagan num célebre discurso ao seu povo americano, em que afirmou que "aquele cargo era um cargo de custódia temporária, que não lhe pertencia, e que faria tudo por aqueles que votaram nele, ", ou lembro o discurso tempestuoso contra o aborto, em 1982, onde houve necessidade preemente de explicar ao seu povo a razão pela qual não devemos ser a favor do aborto. Será que um discurso perante os credores do cargo político, que são os cidadãos, pode ser ou deve ser substituído pelas redes sociais ou outro qualquer meio de ocultação dessas pessoas ? Falar aos cidadãos do país é uma exigência da política, e não deve ser substituído pelas máquinas tecnológicas.
Em Portugal, urge que os políticos chamem a população e expliquem as medidas e falem verdade e com dignidade, e falem directamente, não pelo facebook, porque nem todas as pessoas têm facebook e um computador, porque é preciso lembrar, que há pessoas, e vivem no nosso país, com mais precisão na faixa etária da terceira idade, que nunca visualizaram um computador, nem têm consciência que existe, e essas são ignoradas ? Não devemos ignorar o pequeno ou pobre, porque esse também é humano, devemos pensar antes de agir e devemos reflectir que para aceder a um facebook é preciso ter um computador, que nem toda a gente possuí e que falar por uma rede social ou falar directamente à população é diferente e pode decidir o futuro de um país, porque um político tem que estar junto daqueles que votaram em si, e não junto dos boys do partido.

domingo, 14 de agosto de 2011

Gonçalo Cadilhe


"Pensas em algum dia da tua vida dizer algo como “já chega de viagens. Agora vou assentar a minha vida” ou achas que serás sempre um “eterno viajante”?
Não faço qualquer ideia do que será a minha vida no futuro. Como dizem os judeus, “Man Plans, God Laughs”. Vou continuando seguindo ideias, intuições, oportunidades, por onde me parecer que é mais fluido e natural eu avançar.


G.C

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Luís Inácio Lula Da Silva
























terça-feira, 9 de agosto de 2011

Censurar quem maltrata a mulher

Não devemos ser condescendentes nem misericordiosos com aqueles que maltratam as mulheres, seja fisicamente ou psicologicamente. Infelizmente, vivemos num pais onde a violência domestica é líder entre os crimes mais praticados, onde existem homens que tratam as mulheres de uma forma instrumental, não a respeitam e esquecem que há deveres a cumprir, sejam matrimoniais ou civis. O país só sofrerá uma evolução positiva se houver uma punição mais severa, uma moldura penal mais elevada, e mais exigência e critério de selecção matrimonial, com consequências mais graves para violação de deveres conjugais. Um homem que maltrata uma mulher deve ser considerado "lixo humano", porque seja homem ou mulher, devemos respeitar o outro, e refiro-me mais ao respeito pela mulher, pelo facto de a violência doméstica incidir mais sobre as mulheres.
O principal problema é que as mulheres não denunciam os maridos quando são vitimas dessa violência e, urge encontrar formas de um Estado ou a própria religião contornar essa passividade, medo (represálias) e silêncio das vitimas.
A educação ainda é um bem precioso e que faz a diferença numa sociedade, porque uma pessoa com valores é uma pessoa diferente. Gostava que se reflectisse mais sobre o tema em Portugal e houvesse "mão de ferro" para quem maltrata uma mulher, que são, na generalidade, as principais vitimas de violência doméstica.

domingo, 31 de julho de 2011

Somália, apenas humanidade de volta a terra






Há uns dias, tomava conhecimento da última viagem do vaivém atlantis, e pensava como os vaivéns mudaram a forma como vemos o mundo, no facto extraordinário conseguido pelo ser humano, na evolução que teve o mundo. Mas, nesse mesmo dia, via que na Somália, haviam milhares de pessoas, humanos como nós, a morrer a fome, a reivindicar apenas o mínimo, a pedir humanidade. Não me esqueço que, quando estive em África, percebi que não podemos admitir que, em pleno século XXI, hajam pessoas a passar fome, já não podemos aceitar isso, não é admissível. Continuamos a ser indiferentes, a adiar decisões, a sermos capazes do melhor e do pior como seres humanos.
Eram 3 horas da manha, encontrava-me na deserta ilha de espargos, em Cabo Verde, e questionava : que futuro para o mundo? Hoje, são 3 da manha e reitero a mesma questão: que futuro para o mundo?

domingo, 24 de julho de 2011

O que fazer com um homem que tira a vida a 92 pessoas ?

É esta a eterna questão. Há uns tempos, assistia a uma conferência de um juiz norte-americano, e, na parte final, ao abordar o tema da pena de morte, e, sendo ele defensor dessa medida, perguntou-se qual o último indivíduo que tinha enviado para o corredor da morte ? Ao qual responde:
- " Foi um caso de 5 pessoas que estavam numa casa em festa, num dos Estados Americanos, 3 raparigas e 2 rapazes, em que, já cá fora da casa, um desses rapazes agindo deliberadamente e com consciência da ilicitude do seu acto, esfaqueou brutalmente as três raparigas , e, de seguida vai buscar o carro, colocando as três em fila no meio da estrada e esmaga-as com o seu carro, esmagando-as, ainda com sinais de vida".
Foi condenado à morte. No fim perguntou: - " Tem direito à vida, mas tem direito a tirar a vida a estas 3 jovens de 18 anos ? tem direito à dignidade humana, mas tem direito a tirar a dignidade humana às outras pessoas ?".
Agora questiono-me: o que fazer com um homem que tira a vida a 92 pessoas ?

terça-feira, 19 de julho de 2011

Formalismo e Boa Educação

Respeitar a Universidade, respeitar o Curso, respeitar o Docente, e agora respeitar o Formalismo. Sempre defendi, e, alias, defendo também, embora de forma assimétrica, o formalismo do ensino primário ao secundario, o designado traje, evitando a desigualdade social, pois a escola deve ser um local de exemplo, e não um local de festa.
Não me esqueço de já ter visto um aluno a fazer um exame de calções e de chinelos, mas enganou-se, porque o professor disse-lhe que a praia mais perto era a dos ingleses, ali ao lado (Foz). Lembro-me de eu ter censurado aquela veste, e achar ridículo que um aluno não saiba apresentar-se numa faculdade de direito, ainda mais grave numa prova, pois uma faculdade é um local de culto e saber, um local que exige um mínimo de razoabilidade e responsabilidade, e boa educação. Nao parece uma regra obrigatória, mas é uma boa chamada de atenção da Universidade Católica Portuguesa.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Bom Refúgio

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Optimus Alive ;) Muito Bom com Distinção

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"A obrigação de cada um é tentar criar condições para que algo fique melhor, em todas as esferas"

Isto é um ciclo, e todos temos uma certeza : ninguém cá fica, viver ao máximo até desaparecer e lutar por causas em que acreditamos é o lema. Chegava à Universidade Católica e era inevitável o assunto da morte de Diogo Vasconcelos, um antigo aluno da casa, por quem todos guardam estima, mais os do seu tempo, um tempo que hoje também nos pertence. Hoje, ao abrir o jornal de negócios, deparava-me com uma entrevista sua a este jornal, em Junho deste ano, onde, para além de relatar vivências e seu percurso, deixa alguns pensamentos interessantes e instrutivos, com os quais me identifico, e, de quem viveu para saber : "Pode-se contribuir para a sociedade fazendo outras coisas em vez de politica", "Todos somos políticos, num certo sentido", " é possível criar riqueza e ao mesmo tempo dar resposta às necessidades sociais", "A obrigação de cada um é tentar criar condições para que algo fique melhor, em todas as esferas".
Num tempo que não faz intervalo, e que, levou também Maria José Nogueira Pinto e mais uns quantos portugueses.

sábado, 9 de julho de 2011

Assertividade

terça-feira, 5 de julho de 2011

Viagem pela Estrada Nacional 13




A mim falta-me um entroncamento por onde sair, quando me vejo nesta estrada, que mais parece um descampado, onde os espantalhos foram substituídos por semáforos, um local onde a luz desaparece com o desaparecer do dia, mas ainda por ali passam carros, alguém ouviu?
Aqui não são precisos subsídios, não são precisas verbas, não são precisas parcerias, urge encontrar pessoas de bom senso, e que considerem a vida um direito fundamental, apenas e tão só, passem uns dias na estrada, adormeçam como ela sem luz, e acordem quando a tragédia vos bater a porta. Não há dinheiro que repare uma vida humana, estamos perante uma estrada ou um negócio ? Vale vidas humanas.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Chantal Féron





"Perante uma vista sobre o mar capaz de fazer esquecer a vida a qualquer um...
A vida leva-nos por caminhos imprevistos nos quais raras são as pessoas ou situações que, por se terem fundido tão intensamente aos nossos sentidos, nos fizeram felizes e perduram na memória.
Surgem inesperadamente e até, por vezes, onde não queríamos encontrá-las, como se derivassem de um conjunto de circunstâncias que naquele momento coincidiram com o que ansiávamos, satisfazendo-nos.
Delas ficam a nostalgia, uma procura instintiva de felicidade e alguma angústia por não conseguirmos imprimir-lhes durabilidade.
A felicidade passa a ser uma estranha obsessão irrealista de plenitude, para a qual não conseguimos atribuir uma razão lógica ou uma definição objectiva, como se a necessidade de dar um sentido à vida passasse obrigatoriamente por aceder a uma idealização.
Mas, como a vida não tem apenas um lado positivo, são as ilusões, a imaginação e uma procura constante da felicidade que nos permitem desejar, projectar e concretizar os nossos sonhos."

terça-feira, 28 de junho de 2011

200 países, 200 anos

terça-feira, 21 de junho de 2011

Governo com gente de valor

Um Governo com gente de valor. Que bom ver Nuno Crato na pasta da Educação, uma pessoa com ideias firmes e bastante consolidadas, que ao longo do tempo tem expressado as suas opiniões em artigos de opinião, as quais partilho diversas, e, mais recentemente, no programa "plano inclinado" com Dr. Medina Carreira. Surpreende, para já, o apoio da classe dos professores, mas não esqueçam que este homem tem um pensamento contrário ao pensamento do partido socialista na área, inclusive de políticas já implementadas. Não tenho dúvidas que fará um trabalho distinto e com mais elevação que a anteriora Ministra da Educação e será uma mais valia para Portugal.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Obrigado pelo convite (11-06-11)











































































Em primeiro, queria agradecer à Juventude Popular de Esposende, pelo convite dirigido à minha pessoa, em segundo, às pessoas que estiveram presentes na conferência, onde, fui um dos oradores no sábado, sobre voluntariado e missão, em Esposende (Auditório das Marinhas), e, em terceiro, aos restantes oradores, que a simplicidade de uma palavra os define: fantásticos.
Com humildade, foi um prazer partilhar as minhas experiências, a nível nacional e internacional, momentos que me marcaram profundamente e com os quais aprendi e continuo aprender, pois cada dia nesta vida é sempre uma surpresa e um desafio, e, porque quando faço voluntariado, faço-o porque acredito na causa que estou a travar e não por qualquer outra questão existencial.
Foi um bom momento que passei no sábado ao vosso lado e acredito que, as pessoas que deslocaram-se ao local não perderam o seu tempo. Não digo isto como elogiou, não o digo por mim, que seja por qualquer dos outros oradores, houve uma mensagem, e essa mensagem não deve ser confundida com a política.
A política deve fazer o seu papel e não o tem feito, porque nós olhamos para o lado e vemos que os políticos têm andado distraídos, salvam-se por negligência, faltando a intenção que jamais será descoberta. E aqui não há partidos, sejam PSD, PS, CDS, Bloco Esquerda, CDU, PAN, Verdes, Amarelos, Roxos, Azuis, ou do Partido da Terra, todos devem reconhecer o erro, porque somos humanos e errar é humano, e, como um dia disse um grande político : "Olhem para as pessoas como ser humanos, ponham-se no lugar daqueles que vos elegeram".

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A última lágrima de Sócrates, um país nos cuidados intensivos

Um líder forte e carismático, que deixou alguns ensinamentos formais, mas em termos substanciais quase nulos. Um animal político, que não olhou a meios para atingir os seus fins, com um poder de persuasão de louvar, conseguiu enganar um país, e, não tenho dúvidas que, substituir José Sócrates no partido socialista será mais difícil que encontrar um leão marinho na Tanzânia.
Hoje, olhar para Portugal é ver um país em dificuldades, pessoas que começam a não ter dinheiro para comer, para fazer um vida com um mínimo de dignidade e isso não deve ser tolerável e admitido, seja ele qual for o político. Há uns tempos, quando estava em Oliveira do Bairro, não quis acreditar que o meu país estava prestes a retirar o apoio a uma instituição de solidariedade que prestava apoio domiciliário a pessoas acamadas e que necessitam da ajuda do outro para sobreviverem, e o outro somos todos nós. Uma pessoa de 85 anos, que encontrava-se numa casa isolada na aldeia, já sem conseguir sozinha sobreviver, acamada e que até para comer precisava de ajuda, porque não conseguia comer o seu prato de sopa, que era o seu almoço, sem a ajuda de uma das assistentes que lhe prestavam o apoio. Eu pergunto, que pessoas são estas ? Mas já se esqueceram que ninguém cá fica ? É humano tirar o apoio a uma pessoas destas, que precisa de todos nós, precisa do seu país, depois de anos e anos ter trabalhado para ele ? Não é admissível. Um político tem de traçar prioridades, e há situações que não podem esperar, porque as pessoas não são animais, caso contrário, caminhamos para uma aproximação de uma caos social, e não há necessidade disso, ou já se esqueceram o que este país já fez ?
Quero acreditar numa mudança, mas provem-no que essa mudança é possível.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Livro de Reclamações

Hoje, o Livro de Reclamações resolveu. Um episódio insólito, mas amanhã pode-te acontecer a ti. Estava à espera de uma mesa para almoçar, acompanhado de uma amiga, quando pergunto o tempo de espera, ao qual responde um dos empregados : "está para sair uma mesa". Eu decidi esperar, pacificamente e em conversa com a pessoa com quem estava, de forma alegre. Passou algum tempo e, entro, mas um dos gerentes vem ter comigo e afirma : "já está disponível a mesa para o Senhor, vou levantar e chamam-no já". Eu e a minha colega já estávamos noutra mesa, mas esperávamos para ir para a outra sugerida pelo gerente, até que uma empregada vem trazer as bebidas à mesa onde estava e eu afirmo : "olhe nós vamos para outra mesa", a qual me responde: "Não vai, porque já sentou-se lá uma senhora e agora não a podemos mandar embora, tente perceber, é chato". Eu pensei que fosse brincadeira, mas não era. Soube se tinha Livro de Reclamações (sendo obrigatório), almocei calmamente, numa boa companhia, alegre e bem disposto, aproveitando e deixando para o final o tratamento deste episódio.
Acabamos de almoçar, pedi a conta e o Livro de Reclamações. De repente aparece o gerente, preocupado, indignado com o que passou, pedindo desculpa e mostrando o incómodo para com a minha intenção de escrever a reclamação depois da atitude, no mínimo, "idiota" passada naquele local, dizendo que o almoço estava pago e que gostava de nos ver de volta e seríamos muito bem recebidos.

Sr. Bastonário, o sábio

Descobri que, a ordem dos advogados tem um sábio, mas que não sabe nada. Parece contradição, mas é um sábio dos tempos modernos, cuja definição ainda está em estudo.
Eu fico estupefacto e preocupado, ao abrir, os blogues, as redes sociais, como, no facebook, a página dos estudantes da UCP, e, nem que seja um ou dois, existir quem apoie este homem nas declarações públicas que emite. O último caso das agressões continua a ser falado e comentado, e uns, discutem a "mão pesada" do juíz, outros defendem e respeitam a posição do juíz.
Mas eu questiono, ninguém discute os factos e o pressuposto que está na base da aplicação da medida de coacção pelo juíz, que é o perigo de continuação de actividade criminosa, expresso no artigo 204º 1 alínea c) do Código de Processo Penal ? Ninguém fala das ameaças futuras, que foi um dos factos que indiciaram perigo de continuação da actividade criminosa ?
Uma das pessoas a pronunciar-se em público foi o pai de um dos arguidos que, diga-se de sua verdade, fez o depoimento mais interessante e útil, colocando-se na posição da família da vítima. Era a única pessoa doente, e que falou de forma mais coerente e assertiva, ao contrário dos restantes, incluindo o Bastonário que, não estando doentes, só prestaram depoimentos inúteis e sem um fundamento credível e coerente. Alguém pensa na jovem agredida brutalmente, sendo ofensas à integridade física qualificada, e nas represálias que a vítima sofreria, sendo a ameaça um forte indício, a par da situação degrada e o meio social da família dos agressores ?
Invocando o sábio, agora o verdadeiro e que honra a história, levanto-me e faço um esforço para adivinhar o futuro com o seguinte comentário : " Vai-lhes fazer bem os 4 meses na prisão de tires".

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Prisão Preventiva

Hoje, discute-se o vídeo de uma jovem agredida brutalmente, um acto de uma violência muito grave, sendo um vídeo entre milhares, um caso entre centenas que não deve ser, mais uma vez, atirado para a impunidade. Num país, onde diversas pessoas e personalidades colocam em causa, sem conhecimento do processo, a medida de coacção mais gravosa aplicada pelo juiz, a prisão preventiva, acho curioso que, hoje muitos dos que criticam a medida foram ontem os mesmos que afirmaram que a justiça é uma lástima e não funciona.
Não sei se a medida aplicada foi justa ou não, porque não tenho conhecimento do processo para poder pronunciar sobre os pressupostos do artigo 204º e artigo 202º C.P.P, mas se tinha antecedentes criminais e havia ameaças e possibilidade de voltar a praticar o crime, o perigo de continuação de actividade criminosa é uma forte possibilidade, discutível.
O bastonário da ordem dos advogados não deixou esvanecer o seu tempo para, disparar contra os tão famigerados juízes com quem criou uma guerra, fazendo uma figura triste e inqualificável, de pessoas que lhes merecem respeito, mais não seja, institucional. Há juízes bons e maus, como há advogados bons e aqueles que não ganham uma acção, verdadeiramente fracos, e deve ser censurado este comportamento de pôr em causa constantemente as decisões dos juízes desta forma deplorável com que os insulta, sem um discurso crítico e lógico, pois eu acho que não podem, mas devem ser postas em causa as decisões de um juiz, mas devidamente fundadas e justificadas, não criticando com o único objectivo de denegrir uma classe.


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Legiao da Boa Vontade, ronda dos Sem Abrigo.

Um testemunho, uma realidade policial desconhecida e uma pena de prisão de 100 dias substituída por trabalho a favor da comunidade, na Legiao da Boa Vontade.
O testemunho de quem mostra arrependimento e recorda o dia : " Estava a conduzir sem carta de condução, e depara-mo com uma operação STOP, a qual tento contornar por uma rua pararela à mesma, mas a polícia também aí se encontrava. Fui mandado parar e tentei fugir, momento no qual a polícia dispara para matar em direcção ao carro, assusto-me e ao abrir o vidro o polícia pede-me para encostar à direita, não cumpro e tento fugir novamente à polícia a qual dispara um segundo tiro para o vidro traseiro do carro. Consegui fugir, mas posteriormente entreguei-me às autoridades. Estava indiciado da prática de 6 crimes, entre eles desobediência qualificada, condução sem habilitação legal, condução perigosa, coacção sobre as autoridades, mas apenas ficou provado 2 crime, o de condução sem habilitação legal e condução perigosa. Advogado pediu para substituir a pena de prisao de 100 dias por trabalho a favor da comunidade, que foi concedido". Um caso que faz reflectir a actuação dos orgãos de polícia, que devem ter ordens para agir, mas não para "matar". Um indivíduo que fez trabalho a favor da comunidade, que o tornou uma pessoa mais responsável e capaz de cumprir regras normativas, percorreu as ruas do porto com a legiao da boa vontade, que parte para o terreno a partir das 9:30 horas da noite, para a ronda dos Sem Abrigo. Sou uma pessoa que acredita no trabalho a favor da comunidade como forma de ressocialização do ser humano, como uma forma de aprendizagem e evolução de vida. A legiao da boa vontade é uma das diversas instituições que lida com aqueles que hoje precisam de nós, mas urge afirmar : " só está na rua quem quer ", dito por quem trabalha diariamente no terreno e de quem nutro consideração, um dos chefes da legiao da boa vontade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tiro o meu chapéu ao Sócrates

Um dia, quando já cá não estivermos, algures neste país será estudada esta crise e todos os seus responsáveis e figuras. José Sócrates será indiscutivelmente uma figura de destaque, lembrada como o homem que conseguiu fazer da manipulação, persuasão e mentira armas de guerra e combate. Arrisco dizer que este homem é um génio. Imagino, daqui a longos anos, a análise e estudo deste momento, da conferência de imprensa ontem, onde apenas disse o que os portugueses queriam ouvir, após ter manipulado as pessoas com a possibilidade de cortes graves no 13º mês e no subsídio de férias, tendo conhecimento hà meses das medidas que vão assolar o país e do acordo celebrado há mais de 1 ano com os organismos internacionais. Há pouco tempo lia um grande livro de Wiston Churchill e não tenho dúvidas de afirmar :" Ele gostaria de conhecer este artista político, aprender com ele esta arte de tão bem enganar".
Convence as pessoas, e ainda faltam os comícios, porque nessa altura não vai ferir, mas "fuzilar" o inimigo, já estou a imaginar em Matosinhos : " Camaradas temos de continuar aposta na Educação, nas energias, o nosso compromisso é para cumprir, o PEC4 que o PSD chumbou está aí, não vamos cortar no 13º ou subsidio como andavam a falar ( uma das jogadas será esta, que ele próprio foi o mentor) ". Caso para desabafar, "my god, how is possible ?".
Neste momento insular da nossa democracia, tira o meu chapéu a este homem, a este mentiroso compulsivo que, vai ganhar as próximas eleições e a onda de emigração vai crescer de forma galupante. Ele começa a ser um ícone político, que cria uma crença nas pessoas e tem seguidores que, na maioria, são uma camada larga da sociedade portuguesa, que dorme na distracção, esquecendo que alguém está a fazer dessa distracção um modo de vida, até mesmo um movimento.
Em suma, a novela continua e, o "escravo" Passos Coelho continuará a servir o José que, em cada tiro mata um Coelho.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mário Soares

Uma cerimónia diferente, um 25 de Abril triste e difícil o nosso, o de 2011, que tem o seu lugar na história, não pelo dia em si, mas pela época controversa que o mundo e o país enfrenta. Quatro discursos, um destaque, o de Mário Soares. Gostei de ouvir particularmente o discurso de Mário Soares, foi o mais assertivo. Deixem-me confessar que tenho gostado de ler muito do que escreve e da forma como tem pensado sobre determinados temas e da própria situação do país. Neste 25 de Abril de 2011, soaram 4 discursos de 3 ex-Presidentes da República e o presente, todos pronunciaram e aclamaram consensos políticos em prol do avanço do país e da vida do povo português. Hoje, admiro-me ao tomar conhecimento da posição do PSD em relação aos tão famigerados "consensos alargados" ou mesmo "união nacional" , por Aguiar Branco, negando essa possibilidade, e sublinhando que o objectivo é "maioria absoluta". Urge colocar a seguinte questão : onde está a identidade do maior partido da oposição ? quem manda proferir estas declarações dentro do PSD, de uma pessoa que há muito anda perdido no partido, concorreu para perder, votou a favor da moção de censura do bloco de esquerda e agora quando, as sondagens já colocam o PS no pelotão da frente, vem pedir aos portugueses maioria absoluta, como se os portugueses fossem uns "bananas" ? Após as comemorações do 25 de Abril, da particularidade de cada discurso, das opiniões juntas e subscritas de várias personalidade do nosso país nas variadas áreas, da imposição por quem nos empresta dinheiro de um entendimento imediato, ouvir estas declarações, em representação do PSD, é de quem vive noutro país, e está cá de férias.
Termino citando as últimas palavras do discurso de Mário Soares : "O Povo Português é excepcional, como sempre tem demonstrado ao longo de quase nove séculos de história. Tem hoje elites como nunca teve no passado: cientificas, intelectuais, artísticas, culturais, universitárias e até desportivas. E milhares e milhares de licenciados e de jovens que passaram pelas nossas excelentes Universidade e têm hoje uma educação superior. Com recursos humanos deste nível, um Estado, para mais com a nossa história gloriosa, pode ter dificuldades sérias mas vai sempre ultrapassá-las. Tenhamos pois confiança no nosso futuro colectivo – não nos deixemos cair em pessimismos doentios – até porque seremos todos nós que teremos de o construir".

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Lady Diana Spencer




Um das minhas companhias na leitura diária é, a, em tempos, e que tanto admiro, "princesa do povo", Lady Diana Spencer, um exemplo de ser humano para todos nós, que soube retirar das suas acções o sentido afirmativo, conseguiu criar uma nova forma de contacto com as pessoas, quebrou com protocolos em prol de princípios éticos, morais e essencialmente solidários, uma capacidade de comunicar e gerar empatia com o povo que fez a diferença. Na noite do seu fatídico acidente, já algo não corria bem, estava triste e queria ver os seus filhos, entrava contrariada no Hotel Ritz em Paris para jantar com Dodi Al-Fayed, momentos antes ter entrado no carro até ao túnel da Ponte de l'Alma. Foi um exemplo de dignidade e, num momento em que estava feliz com o facto de Tony Blair, como lhe outrora tinha prometido, a ter integrado a liderar o objectivo : ajudar "África" com a sua eleição, estava prestes a transformar a sua "fama" e toda a sua visibilidade em proveito dos mais desfavorecidos, mas o tempo esvaneceu e o palco fechou-se.
Num período peculiar da vida social monárquica, é tempo de termos saudades da Princesa Diana:)







Sondagem, PSD (Equipa B) prepara passadeira vermelha ao PS

O PS poderá ganhar as próximas eleições ? Preparem as fronteiras pelo possível e presumível congestionamento. Mas a alternativa é Passos Coelho , com Marco António a Ministro da Justiça ? Fujam! Desde do congresso de Mafra, que Pedro Passos Coelho anda perdido no atlântico à procura de quem o salve, de quem atenda o telemóvel e se junte a ele neste quase "certo" naufrágio. A última notícia vem directamente do jornal "sol", em que o protagonista é António Capucho, mais um jogador da equipa A que rejeita integrar a equipa B do PSD afirmando : "Só vou se for para Presidente". Porque não abrir concurso público para as pessoas que quiserem candidatarem-se aos cargos, caso PSD ganhe ? Hà uns dias, escrevi que o líder do PSD nomeia as pessoas como quem estuda para um exame sem ler uma página da matéria e não podia ser mais verdade, no estado em que o país se encontra, que pedimos dinheiro emprestado, as pessoas que nos emprestam estão no nosso país, andamos a fazer estas figuras tristes e deploráveis. E esta recusa deve ser motivo de reflexão em Portugal e nos Partidos Políticos, veja-se que este Senhor António Capucho revela, sem papas na língua, que quer um "bom cargo", que quer um "tacho " como deve ser, e que se assim não for, nem pensem sequer numa vice-presidência, porque diz: "só sei ser presidente". O que pensa do país em relação ao futuro ? Eu respondo Preocupação, porque preocupa-me pensar ser governado pelas pessoas que neste momento estão no PS e PSD, são os fracos e o país não merecia isto, muito menos a sua história e aqueles que dela fizeram parte e lutaram até ao último minuto por nós. Dr. Rui Rio apela à mudança de sistema e regime, todos caminham nessa estrada e não pensam nas consequências e nos seus efeitos.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Rio Covo, Santa Eugénia, 09-04-11

O dia nasce, a equipa da UCP une-se e o destino é Rio Couvo, Santa Eugénia. Um cantinho do nosso país, onde cruzam-se os valores e as dificuldades, gerações de trabalho árduo onde a dificuldade é uma forma de vida e não um obstáculo a superar. Uma terra invadida de histórias, desde do homem que tentou suicidar-se com remédio de escaravelho ( percebendo "hoje" que errou e que é um acto de cobardia, tantos que partem e queriam estar aqui a viver, a lutar ao nosso lado ) ao que foi burlado por um agente de telecomunicações "optimus", só tendo conhecimento da burla após a recepção da factura mensal que tinha de cobrança de um serviço que assinou, sem ler o texto, confiando na palavra do dito "agente" ou lendo apenas o texto de forma parcial ( Se tem que assinar não confie na palavra reproduzida oralmente, confie na palavra reproduzida textualmente). Uma zona de artesãos, onde as queixas da concorrência "chinesa" é forte, em que o normal parece regressar e o produto português tende a possuír uma nova expressão. Cartonageiro onde estás tu que fabricas e vendes produtos em cartão ? Arte de quem nunca esquece, dizia-me : " Aquele barraco custou-me 50 mil euros e ainda o estou a pagar com os rendimentos desta arte, que é pobre mas digna". Eu que nem sabia o que significavas, nem tu nem a arte, que de tão digna faz sua expressão, e até paga o barraco. Um cruzar de vivências, desta vez em Santa Eugénia.

Portugal, 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ai se Sá Carneiro fosse Vivo!

domingo, 10 de abril de 2011

Passos e Sócrates, só falta o diabo

Acabo de tomar conhecimento da chamada de "Fernando Nobre" para cabeça de lista por PSD para Lisboa e possível presidente da Assembleia da República por indigência. Mas o que é isto ?Num momento peculiar, em que acabamos de pedir ajuda internacional, de um lado temos um comício, uma festa socialista de quem passa ao lado desta crise, do outro temos um candidato a "líder" de um país que ora liga à Dr. Manuela Ferreira Leite ( que o excluíu em Vila Real de candidato pelo PSD quando fora presidente do partido) para falar ao país, ora faz nomeações para cargos de relevo como quem faz um exame sem estudar uma página, ou esta nomeação de Fernando Nobre quer enganar alguém, a não ser com intuito meramente eleitoral ? As propostas para o país ?
Impressiona a forma como tudo esvanece no tempo, como ainda ontem foi pedir-se dinheiro emprestado e hoje faz-se uma festa, como ainda ontem rejeitou-se um PEC sabendo que agora teremos um PEC a dobrar. Começa a preocupar se não houver pessoas que cheguem à frente dos principais partidos, porque mais que tudo, o "hoje" preciso dos melhores, e, neste momento, tem os piores, os piores entre os piores.
Acho que só falta o diabo!

sábado, 9 de abril de 2011

Direito para ricos

Um país, onde existem 9.000 advogados, inscritos na ordem dos advogados que votam nesta "espécie de bastonário" que oprime e afronta os jovens que pretendem ingressar na ordem dos advogados é um país que deve fazer todas as pessoas reflectir, ou não pensamos em futuro cá dentro ? Esta semana, Dr. Joaquim Azevedo, Director da Escola de Direito da Universidade Católica Portuguesa, qualificou-o de "inimputável", não chocante, porque chocante é haver uma pessoa que não quer oferecer oportunidades a quem tem ambição de exercer advocacia, é aumentar em 1300% uma taxa de 50 euros para 700 euros aos advogados estagiários (até à realização do teste escrito no final da fase da formação inicial, desconhecendo um princípio básico como o da proporcionalidade), passar o exame de agregação de 50 para 650 euros, é haver 9.000 advogados que se protegem entre si, e defendem o "atraso", o "populismo", a "mentira", a "ditadura", o "baixo nível", a "taberna" " formação defeituosa", etc. É este o caminho de progresso em que os advogados que votam neste senhor acreditam ?
Enfim, como disse um dia um grande professor : " voltem às salas de aula que estão perdoados e ninguém tem falta". A restrição com base no poder económico é um atraso a todos os níveis, é uma não evolução e uma injustiça muito grave, cometida por quem há 1 ano entrava na Universidade Católica a afirmar o seguinte : " Nós queremos que qualquer pobre possa tirar um curso de Direito". É cómico não ? Na altura foi dito com seriedade por uma pessoa que não merece o respeito de ninguém, porque é mal educado e mal formado.
Passo a subscrever o pensamento de uma estimada amiga :
"Não estamos em finais de século XIX nem início de século XX e há coisas básicas que têm que ser enraizadas de uma vez por todas nos tempos que correm:
1.º - Estamos inseridos num mercado de livre concorrência e, sendo esta uma profissão liberal, que naturalmente exclui "os mais fracos", não consigo entender, nos dias de hoje, esta visão tão proteccionista (dos já instalados e não necessariamente dos melhores, diga-se!).
2.º - Caso não se concorde com licenciaturas de bolonha, esse é um problema que concerne ao sistema de ensino, nomeadamente às universidades. Na verdade, a Ordem não pode vedar o acesso à profissão com esse argumento! Isto porque o aluno não pode optar entre uma licenciatura de bolonha ou outra diversa que a Ordem dê primazia, é-lhe imposta a de bolonha.
3.º - Esta deliberação 855/2011 não passa de uma atitude vergonhosa por parte do Senhor Bastonário que me parece querer repercutir nos advogados estagiários as custas e honorários que desembolsou no processo que perdeu, esquecendo-se que há estagiários que nem sequer são licenciados no plano de bolonha - é o meu caso.
Como não conseguiu alterar os Estatutos e impor mestrado a todos como condição de aceitação na Ordem, nada melhor que aumentar as taxas... Isso sim, exclui os maus dos bons e não os que têm maior capacidade económica dos que não têm, enfim...
4.º - Por outro lado, "casa de ferreiro, espeto de pau", uma vez que há um princípio em Direito bem conhecido (pelo menos pelos advogados estagiários, pois não deveriam falar nele nas licenciaturas mais remotas, só pode) que é o conhecido princípio da tutela da confiança! Ora, aquando da inscrição vigorava uma tabela de taxa de emolumentos que, a 15 dias de estágio é alterada repentinamente... Alterada de 50 para 700 euros - diga-se que o princípio da proporcionalidade também não deve ser conhecido pelo Senhor Bastonário! Ah, e aqui o argumento do aumento de custos com a formação inicial também não procede, uma vez que a carga horária foi reduzida em comparação com o anterior curso assim como os 50 se mantém à hora no pagamento dos formadores.
Que se façam exames com o grau de dificuldade que é exigido a um recém-licenciado em Direito (algo que se espera para Julho, na verdade), que se faça uma avaliação contínua na 1.ª fase, levando em conta a presença nas aulas, a participação, a entrega de trabalhos (porque bem vejo as aulas vazias e a pouca participação!)... Não queiram é atirar areia para os olhos das pessoas com aumentos de taxas dizendo que isso sim é que traz mérito à advocacia e à justiça! Isto é um atentado contra a dignidade das pessoas e no mínimo vergonhoso! Acorde para a realidade Senhor Bastonário e deixe-se de birras imbecis! Preocupe-se sim em excluir os melhores dos piores através de um sistema que dê ênfase ao mérito porque isso sim é que dignifica a Justiça e não as possibilidades económicas das pessoas, principalmente na actual situação financeira em que nos encontramos - tenha vergonha!".

sábado, 2 de abril de 2011

Mouriz, 02-04-11

São 8:00 horas manhã, o alarme toca e hoje o destino leva-nos para Mouriz. Uma aldeia de gente humilde, que vive essencialmente da agricultura, que ainda fala em escudos, onde a pureza é uma forma de estar e de vida. A primeira pessoa com que me deparo na aldeia possuí 9 filhos, uma vida de trabalho árdua e uma miserável reforma, que ao fim de 10 dias já não existe, esvanece num tempo que já não é nosso, mas a Deus pertence. A farmácia é uma das detentoras de parte destas reformas que foram conseguidas com um sacrifico não reconhecido, por aqueles que não querem ver ou utilizam os atestados médicos para servir de justificação para o facto de não poderem ver. Viver com dignidade é um dos pilares de sustentação de uma sociedade democrática, mas exige fiscalização, porque existem pessoas em Portugal a quem o Estado lhes retira a dignidade, sendo muito grave. Mouriz, uma terra onde o ar expirado é puro, o oxigénio exalta dos campos e a agricultura o principal meio de subsistência da região, não surpreende a pobreza, mas o modo como a encaram, a coragem e a esperança de que amanhã o sol vai brilhar na aldeia. Numa avaliação dos políticos no local, é "devastador" o cenário, sendo curioso o encontro de mentalidades, entre o antigo ex-combatente do ultramar que elogia Paulo Portas pelos 150 euros a que hoje tem direito, e o "fanático" socialista, que admira o José Sócrates ( de início pensei que estava brincando), invoca que não concorda com aqueles a quem o Estado atribuí rendimento de inserção social sem fiscalização e passado poucos minutos, aparece uma familiar afirmar: "ele não quer é trabalhar, vive do rendimento mínimo". Um "PSD" sem alternativas, na pessoa do Passos Coelho é um sentimento generalizado acumulado com um medo de nova eleição de Sócrates. O afastamento dos políticos destas gentes pode ser um dos indícios de um possível fim ou substituição de sistema, porque não devemos aceitar que o Estado e os políticos continuem a "fechar" os olhos às dificuldades das pessoas mais pobres da sociedade, que vivem mensalmente com rendimentos abaixo dos 300 euros, pessoas que, no campo das "obrigações" estão em igualdade com os restantes cidadãos, mas no campo dos "direitos", não existe essa igualdade, não é assegurado para todos o direito a uma vida com dignidade. Foi nesta mesma aldeia, que estive bem e, que, constatei as dificuldades profundas em que muitos vivem, encontrei gente pobre em termos materiais, mas rica em termos humanos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

"Ficar parado em Portugal fica mais caro do que andar a viajar pelo mundo"

Namíbia



Quando leio Gonçalo Cadilhe, de quem tenho particularmente estima pela opção de vida fantástica, diferente e decidida que escolheu ( para mim normal e rica), pelo saltar da sua base de conforto para a vida, revejo-me em diversos dos seus pensamentos, e no último livro " O mundo é fácil", não podia ser mais verdade o sentido indicado de vida e toda a sua genuidade no modo como nos relata e ensina, e, aprender com o outro é a forma mais sábia de crescer para mim. "1 km de cada vez" e "África acima" são outros bons exemplos de que o pior naufrágio é não partir. Citando-o : " A viajar aprende-se que viver custa pouco. Ou que as melhores coisas da vida são grátis. Ou ainda que o dinheiro só faz falta a quem o tem. Pode parecer-te que estou a tentar passar uma ideia romântica da viagem, em que o viajante é um asceta vivendo de sol e ar. Não é bem isso, mas não fujo muito à verdade se te disser que estar parado em Portugal fica mais caro do que andar a viajar pelo mundo. Uma razão para isso tem que ver com a predisposição que se cria em ti, quando viajas, para aceitares níveis de conforto e consumo muito básicos, porque sabes que é uma situação passageira e porque tudo o resto que está a acontecer na tua vida o justifica. A segunda razão, mais óbvia, é que Portugal tornou-se mesmo um país caro. E se começares a contabilizar o dinheiro que gastas num jantar com amigos, numa ida a uma discoteca, na gasolina, na prestação da casa, no par de sapatos que nem precisavas, enfim, percebes onde quero chegar ? " (" O Mundo é fácil", Pág. 26)
A viajar, na própria vida diária, no cinema, no café, na praia, na universidade, aprendi que fazer esta nossa viagem não é procurar, mas sim encontrar, que não se encontra o que se procura, mas o que se encontra.

sábado, 26 de março de 2011

Providência Cautelar Sócrates

Hoje, abandona-se o país de uma forma simples, fria e estratégica, e as pessoas ? Esta demissão do Primeiro-Ministro de Portugal aconteceu tardiamente, de quem abandona o país como quem abandona uma sala de aula e num momento estratégico para o partido socialista, ou ainda ninguém reparou na euforia dos principais partidos desejando eleições, tão só equiparada à alegria das crianças quando são levadas para um parque infantil para brincar ? Ninguém duvide que o partido socialista preparou o "palco" ao milímetro, de forma pormenorizada, antecipou discursos e cenários e conseguiu de forma subtil colocar as culpas no vizinho e influenciar a opinião pública no sentido eleitoral pretendido e ambicionado. Onde está o primeiro-ministro que não desistia ? Onde está o primeiro-ministro da legitimidade democrática, que o fazia manter no poder até ao final da legislatura ? Onde está o primeiro-ministro que estava no caminho certo, quando em 2008 baixou o IVA afirmando que estaria breve o fim da crise ? Onde está o primeiro-ministro que dizia: "Em primeiro os portugueses" ?
A inteligência faz-nos recuar ao discurso do Dr. Aníbal Cavaco Silva, na tomada de posse de 9 de Março, e perceber a razão e a natureza dos acontecimentos. Neste dia, José Sócrates decidiu, à sua boa maneira "costumeira" que, a táctica seria a instrumentalização do PEC4 para pressionar a oposição e derrubar governo com "falta justificada", antecipar a decisão final, uma espécie de "providência cautelar Sócrates", tendo conhecimento e certeza que em breve, se não o fizesse, haveria quem o substituísse nessa tomada de decisão. O Governo já tinha a estratégia delineada e preparada para o momento, tão previsível que revolta o cidadão comum que vê o seu país afundar e a lembrar aqueles que em tempos por ele lutaram com garra, rigor, honestidade, competência e trabalho.